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ALDEMIR LUNA
( Brasília – DF – Brasil )
Nasceu em Teresina – Piauí em 24 de junho de 1948. Escritor, jornalista, crítico literário, ensaísta, artista plástico, músico, poeta. Servidor público, membro e fundador da Academia Cruzeirense de Letras (Cadeira 01 – Patrono João Ubaldo Ribeiro).
Bibl.: Prato feito, 1980; Brasília em literatura, 1989; Escritores de ouro, 1990; Apesar da paisagem, 2016; Noturnos, 2020.
(...)
"A poesia de Aldemir Luna vai da complexidade do cotidiano à singeleza do dia a dia num mergulho à palavra, ao sentimento, pura poesia."
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I COLETÂNEA DA ACADEMIA CRUZEIRENSE DE LETRAS. Rafael Fernandes de Souza (org.) Brasília: Art Letras Gráfica e Editora, 2019. 224 p. ISBN 978-85-9506- 135- 4 Ex. bibl. Antonio Miranda
FÊNIX
Às vezes diante de tanta beleza
Me sinto um arbusto seco
Entre folhas secas
Calor implacável
Sol incandescente
É setembro
A vida que se renova
Profusão de cores
Há quem prefira os amarelos
Mas são tantos e tão belos
Viva a beleza
Viva a natureza
A vida se renova
Cerrados, ipês, sucupiras
Tudo são folhas
Tudo são flores
De todas as cores
Eu prefiro as brancas
Eu gosto das lilases
Eu gosto de todas
Até que chegue a primavera
Viva elas, as flores da vida.
APOSENTADORIA
Assinar o ponto
Ofício de quem faz ofício
Memorando, cartas
As horas são contadas
Por força da lei
Elevador, subir e descer escadas
Tantas palavras, e-mails,
Às vezes, ensurdecedor silêncio
A natureza lá fora
Nem dava as horas
Não sou eu quem está aqui
É outro cara, outro ser
Um quase aposentado
Um quase nada
Lá fora, a natureza mutante
Não viu, nem ouviu
Ou viu?
N.B. O telefone está tocando
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Página publicada em novembro de 2021
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